segunda-feira, 6 de junho de 2016

Laura

Talvez você seja a poesia ao contrário.
Uma daquelas bem arretadas.
Daquelas de fazer chorar de raiva e amor
Que faz engolir em seco
Pura explosão de quase raiva
Centro de um mundo tão seu
Foge de mim as palavras as vezes
Talvez porque a calma que procuro na poesia
Não encontro no vulcão sempre
Pronto a explodir que você leva no peito
Para que o verso saia fluido é
Preciso garoa e você é tempestade
Uma tempestade que faz barulho
Até ensurdecer
Inunda até quase afogar
Então a poesia sai assim
Aos trancos
Não porque você não inspire
(como se fosse possível você não inspirar)
Não porque não te ame
(como se não te amar fosse possível)
Mas porque talvez
você seja a poesia ao contrário
E a poesia ao contrário também é linda!

db (02/06/2015)


Nem só de amor fala a poesia
Nem só de flor é feita a menina


Nem mesmo eu
Que me conheço desde que me sou
Sei de onde vim, nem pra onde vou

De longe, no caos não se vê leveza
É difícil fugir da nossa própria natureza

Se eu pudesse escolher 
Entre ser dor ou ser flor
Só de sorrisos poderia viver
Mas é no meio desse furacão que mostro quem sou
E ainda assim, (juro)
No caos existe amor. 

LB (02/06/2016)

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