Às vezes é preciso
Lembrar do Manoel de Barros
Para entender a
Importância das
Coisas desimportantes
Lembrar que
Pomba na areia do
Parque, tênis sujo e
Bola de plástico
É matéria para poesia
Briga de criança, baldinho
Velho, bexiga furada e merda
De passarinho
Também dá poesia boa
A sombra da árvore
Então, desimporta tanto
Quanto brisa fresca, canto
De Bem-te-vi e cheiro de mato
Aí é poesia certa
Agora... celular quebrado,
Falta de sinal, de pressa
E do que fazer (coisa rara)
É o material mais precioso
E aí: Já é poesia.
db
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